terça-feira, 10 de agosto de 2010

O uso pedagógico das TICs na educação

1. Professora Marise Martins Brandão Líder Brasil Virtual Stic www.vstic.com
2. Proposta Pedagógica A utilização dos Recursos de Tecnologia Educacional em nossas escolas deve acontecer na ação pedagógica, de forma contextualizada no desenvolvimento de Projetos. Não basta introduzir os recursos na escola, mas faz-se necessário discutir e orientar sobre os métodos e técnicas de sua utilização, do ponto de vista pedagógico.
3. Os computadores encontram-se auxiliando e influenciando o dia-a-dia de cada um, sendo assim as escolas devem acompanhar e inserir as novas tecnologias dentro do seu programa educacional, ou senão corre o risco de cair no atraso funcional do ensino obsoleto. Laboratório de Informática Educativa
4. Laboratório de Informática Educativa O Laboratório de Informática Educativa, se constitui em um lugar de encontro do docente e seus alunos com a tecnologia .
5. Laboratório de Informática Educativa Perfil do Aluno Séries iniciais Ensino Fundamental Ensino Médio Explora as TICs Conhece as TICs e as utiliza em sua aprendizagem Ele investiga, explora, avalia as aplicações das TICs, para usá-la constantemente. Desenvolve sua aprendizagem, utilizando os software educativo. Produz material educativo utilizando as TICs. Utiliza as TICs para socializar sua aprendizagem. Cria ambientes culturais, desenvolve seus trabalhos em equipe para resolver situações problemas. Construindo e fortalecendo sua aprendizagem.
6. Laboratório de Informática Educativa Laboratório de Informática Educativa Perfil dos Docentes Séries Iniciais Ensino Fundamental Ensino Médio Pesquisa, avalia, e seleciona o software educativo. Conhece as TICs, produz material utilizando-as. Conhece as TICs e pesquisa junto com seus alunos sobre as mesma. Desenvolve estratégicas para melhorar a aprendizagem. Usa a WEB para socializar a aprendizagem de seus alunos. criando sempre situação problema e colocando em prática estratégias para resolve-la. Desenvolve suas aulas de forma a levar os alunos a usarem as TICs corretamente. Cria com seus alunos, ambientes virtuais para intercâmbio culturais.
7. Laboratório de Informática Educativa Recursos dos computadores PROINFO Blogs Webquests TV Escola Salto para o Futuro Moodle
8. A TV Escola é um canal de televisão do Ministério da Educação que capacita, aperfeiçoa e atualiza educadores da rede pública desde 1996. A proposta da TV Escola é proporcionar ao educador acesso ao canal e estimular a utilização de seus programas, contribuindo para a melhoria da educação construída nas escolas. Agora a TV Escola no youtube http://www.youtube.com/tvescola TV Escola
9. Os principais objetivos da TV Escola são o aperfeiçoamento e valorização dos professores da rede pública, o enriquecimento do processo de ensino-aprendizagem e a melhoria da qualidade do ensino. Objetivos da TV Escola
10. Salto para o futuro Salto parao Futuroé um programa de Educação a Distância realizado pela TV Escola(canal educativo daSecretariade Educação a Distânciado Ministério da Educação) e produzido pela TVE Brasil, que tem como proposta a formação continua dae o aperfeiçoamentode docentesquetrabalhamemEducação, bemcomode alunosdos cursosde magistério.
11. Objetivo_Salto para o Futuro O objetivo do programa é possibilitar que professores de todo o país revejam e construam seus respectivos princípios e práticas pedagógicas, mediante o estudo e o intercâmbio, utilizando diferentes mídias telefone, fax, TV, boletim impresso e computador em articulação com a educação presencial. Com uma dinâmica interativa, o Salto para o Futuro atinge por ano mais de 250 mil profissionais docentes em todo o Brasil.
12. Recursos Computadores Proinfo 5
o Os computadores estarão contendo 60 Gb de conteúdos educacionais. São eles:
o Mais de 1000 (mil) obras literárias (literatura brasileira/portuguesa, espanhola e inglesa) nos seguimentos infantil, infanto-juvenil, de cordel, entre outros;
o 500 (quinhentos ) vídeos da Programação "TV Escola" envolvendo inclusive os programas "Salto para o Futuro";150 (cento e cinquenta)
13.
o Objetos de aprendizagem do Programa RIVED, abordando diversas disciplinas da Educação Básica;
o Mais de 50 (cinquenta) softwares educacionais, envolvendo jogos e aplicativos que podem ser utilizados em diversas disciplinas.
o Os hinos de nosso país.
Recursos Computadores Proinfo 5
14. Brandão O que é o Moodle? O Moodle é um sistema de gestão de ensino e aprendizagem online. É utilizado para soluções de e-Learning, blended learning ou como complemento de ensino presencial por várias universidades, escolas,institutos de formação e empresas em mais de 150 países
15. Brandão Principais Ferramentas do moodle
o Fóruns
 Gestão de conteúdos (Recursos)
 Questionários
 Blogs
 Wikis
 Geração e gestão de data base
16. • Suporte multi-idioma (mais de 60 idiomas são suportados pelo interface atual. Exemplo da utilização do MOODLE: Reciclar é um barato Brandão Principais Ferramentas do moodle
17. O que é blog? Weblog, mais conhecido como blog é um ambiente de criação, edição e publicação on-line que não exige conhecimentos técnicos especializados e reúne uma série de ferramentas, quase todas gratuitas, de auxílio à publicação.
18. O que é blog? A cada momento ganham espaço, Consolidando-se como ambientes de construção cooperativa de conhecimento e sendo utilizados em projetos educacionais .
19. O que é blog? Os blogs não são ambientes estáticos com formato definido, pois podem ser construídos e modificados conforme as necessidades de professores e alunos, potencializando espaços de autoria e autonomia . Brincando com o Paint
20. Webquest É um modelo extremamente simples e rico para dimensionar usos educacionais da Web, com fundamento em aprendizagem cooperativa e processos investigativos na construção do saber. É uma metodologia de pesquisa na internet, voltada para o processo educacional, estimulando a pesquisa e o pensamento crítico. Exemplo de webquest: "ÁGUA" QUESTÃO MUNDIAL, ATITUDE INDIVIDUAL
21. Wiki O Wiki é uma ferramenta de escrita colaborativa que incentiva à interação social, partilha de informações e construção e socialização do conhecimento.
22. GRACIAS !

O USO DAS MÍDIAS E TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO

20/05/2010
A professora Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida reforça que o uso das tecnologias na educação requer uma formação qualificada dos docentes.
Por Ana Luiza Basilio

Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida atua com a formação de professores para o uso de tecnologias na educação desde a década de 80, época em que lecionava na Universidade Federal de Alagoas. A docente relata que embora já existissem softwares educativos para uso em sala de aula, “eles eram bastante restritos em relação ao potencial de aprendizagem e não eram muito amigáveis, ou seja, implicavam em algumas dificuldades de aprendizagem”. Esta constatação levou a profissional ao encontro das pesquisas. “Era preciso entender como se dava a apropriação de tais ferramentas pelos professores e, mais que isso, entender o universo deles e, a partir daí, ajudá-los a compreender as potencialidades pedagógicas das ferramentas”.

As investigações sobre o tema não cessaram e, além de colecionar títulos de mestre e doutora, Maria Elizabeth atua como docente no Programa de Pós-Graduação em Educação pesquisando sobre Novas Tecnologias em Educação.

Em entrevista ao NET Educação, a profissional ressalta os benefícios do uso da tecnologia na educação e reforça: “é indispensável uma formação qualificada, que prepare o professor para a prática tendo como eixo as atividades pedagógicas com o uso de tecnologias e a reflexão sobre elas”.



NET Educação - A que se refere o termo novas tecnologias? Quais ferramentas estão inseridas no conceito?
Chamamos novas tecnologias as tecnologias digitais de informação e comunicação e as novas ferramentas e interfaces que estão sempre surgindo. Um exemplo é a internet, tecnologia digital para a qual convergem várias mídias. No entanto, é importante frisar que as novas tecnologias não pretendem excluir as mídias convencionais. O grande desafio é saber entender a especificidade de cada uma delas para integrá-las de acordo com os objetivos pedagógicos vigentes.

NET Educação - O uso das mídias e das tecnologias na educação sempre gerou polêmica. Como você vê essa questão?
Independente da época, as críticas sobre as mídias e tecnologias sempre existiram. Isso vem desde o tempo das revistas em quadrinhos, passando pela televisão até o computador. A meu ver, o problema ainda é o mesmo, ou seja, há uma grande oferta de conteúdos, com coisas mais interessantes, menos interessantes e ruins em vários aspectos. Por isso a importância da conscientização sobre os valores, a ética e a estética tanto na formação dos professores, como no ambiente familiar, pois são esses pilares que ajudam a desenvolver o senso crítico e a autonomia no uso das tecnologias.

NET EDUCAÇÃO – Quais são os pontos positivos do uso das mídias e tecnologias na educação?
A partir dessa aproximação das mídias e tecnologias com a educação, podemos trabalhar com as linguagens das novas gerações, provenientes da sociedade tecnológica e digital. Mesmo as classes populares têm contato com as tecnologias, seja em casa, na escola, na lan house ou na rua com os colegas. O que talvez não esteja claro para a sociedade e também para as escolas é como utilizar tais tecnologias em benefício do ensino e da aprendizagem. Outra questão importante é que, a partir do momento em que as tecnologias estão presentes na educação, estamos contribuindo para a inclusão digital da sociedade.
Também devemos considerar as novas formas de aprender e de ensinar oferecidas a partir dessa integração. Note que não se trata de informatizar o ensino, mas de desenvolver processos de ensino e de aprendizagem que facilitem a compreensão do aluno.

NET EDUCAÇÃO – Há pontos negativos?
O excesso se configura como um ponto negativo a partir do momento em que as pessoas começam a se esconder atrás das mídias e tecnologias, no sentido de viver em função delas, e não buscar uma convivência real - a chamada substituição dos mundos. Cabe não só à escola, mas também às famílias, a abordagem de limites para uma utilização saudável.

NET EDUCAÇÃO - As mídias e as tecnologias estão plenamente inseridas no dia a dia escolar?
Não dá para dizer que estão plenamente inseridas, mas em um processo de desenvolvimento, em que ainda há muito que se fazer. É um processo. Para se ter uma ideia, lidamos tanto com professores que precisam se apropriar das tecnologias para então as incorporarem à prática pedagógica, como com os que já desenvolvem atividades com o uso de tecnologias como uma ilustração da aula, e também com aqueles que realizam práticas inovadoras com o uso de tecnologias e que podem atuar como parceiros mais experientes dos colegas iniciantes.

O fato é que a tecnologia está chegando à escola, mas só isso não resolve. É preciso uma mudança de cultura para que as instituições escolares se tornem inseridas na sociedade digital. O trabalho que se faz hoje é para que os professores integrem a tecnologia ao desenvolvimento do currículo e não mais a encarem como algo isolado, uma atividade extra ou como ensino sobre tecnologia. Estamos tratando do uso de tecnologias para aprender com elas e não apenas aprender sobre elas. Afinal, as novas gerações já dominam as tecnologias, mas é preciso ajudar as crianças e jovens a aprender e pensar sobre o aprender, para que desenvolvam a autonomia sobre a própria aprendizagem daquilo que necessitam para viver e trabalhar na sociedade digital caracterizada por contínuas mudanças.

NET EDUCAÇÃO - Como você avalia a formação dada aos professores? O caminho é preparar apenas o professor?
O caminho é preparar a escola como um todo, incluindo a comunidade escolar e seu entorno , assim como as famílias para que possam entender e participar do esforço de transformação da escola e de sua integração à sociedade digital.

NET EDUCAÇÃO – Como o Brasil está diante do uso das mídias e tecnologias no ensino aprendizagem? Há países que se destacam nesta área?
O Brasil tem um projeto de formação de educadores considerado inovador, caracterizado pela formação contextualizada na realidade da escola e na sala de aula. Nosso maior desafio é atingir a todos, isto é, por mais que já se tenha feito em termos de inserção das tecnologias digitais na escola e de formação de educadores, ainda há um longo caminho a ser percorrido para atingir a universalidade. Mas é preciso compreender que a mudança não é apenas de método, é de concepções e paradigma, o que demanda um tempo muito maior para se concretizar. A par disso, há uma mobilidade docente que dificulta os avanços.

Há projetos inovadores de integração de tecnologias na educação em diferentes países e níveis educativos, mas em um olhar mais macro há grandes diferenças nos avanços entre os países e entre escolas de um mesmo país. O que há em comum é a certeza de que nos encontramos em um processo de mudança sem volta, é preciso continuar investindo nesse campo e a formação do professor deve ter como eixo seu espaço de trabalho e sua prática pedagógica com o uso de tecnologias com seus alunos.

A integração das tecnologias na educação

José Manuel Moran
Especialista em mudanças na educação presencial e a distância
jmmoran@usp.br
As tecnologias evoluem em quatro direções fundamentais:
Do analógico para o digital (digitalização)
Do físico para o virtual (virtualização)
Do fixo para o móvel (mobilidade)
Do massivo para o individual (personalização)
Carly Fiorina, ex-presidente da HPackard
A digitalização permite registrar, editar, combinar, manipular toda e qualquer informação, por qualquer meio, em qualquer lugar, a qualquer tempo. A digitalização traz a multiplicação de possibilidades de escolha, de interação. A mobilidade e a virtualização nos libertam dos espaços e tempos rígidos, previsíveis, determinados.
As tecnologias que num primeiro momento são utilizadas de forma separada – computador, celular, Internet, mp3, câmera digital – e caminham na direção da convergência, da integração, dos equipamentos multifuncionais que agregam valor.
O computador continua, mas ligado à internet, à câmera digital, ao celular, ao mp3, principalmente nos pockets ou computadores de mão. O telefone celular é a tecnologia que atualmente mais agrega valor: é wireless (sem fio) e rapidamente incorporou o acesso à Internet, à foto digital, aos programas de comunicação (voz, TV), ao entretenimento (jogos, música-mp3) e outros serviços.
Estas tecnologias começam a afetar profundamente a educação. Esta sempre esteve e continua presa a lugares e tempos determinados: escola, salas de aula, calendário escolar, grade curricular.
Há vinte anos, para aprender oficialmente, tínhamos que ir a uma escola. E hoje? Continuamos, na maioria das situações, indo ao mesmo lugar, obrigatoriamente, para aprender. Há mudanças, mas são pequenas, ínfimas, diante do peso da organização escolar como local e tempo fixos, programados, oficiais de aprendizagem.
As tecnologias chegaram na escola, mas estas sempre privilegiaram mais o controle a modernização da infra-estrutura e a gestão do que a mudança. Os programas de gestão administrativa estão mais desenvolvidos do que os voltados à aprendizagem. Há avanços na virtualização da aprendizagem, mas só conseguem arranhar superficialmente a estrutura pesada em que estão estruturados os vários níveis de ensino.
Apesar da resistência institucional, as pressões pelas mudanças são cada vez mais fortes. As empresas estão muito ativas na educação on-line e buscam nas universidades mais agilidade, flexibilização e rapidez na oferta de educação continuada. Os avanços na educação a distância com a LDB e a Internet estão sendo notáveis. A LDB legalizou a educação a distância e a Internet lhe tirou o ar de isolamento, de atraso, de ensino de segunda classe. A interconectividade que a Internet e as redes desenvolveram nestes últimos anos está começando a revolucionar a forma de ensinar e aprender.
As redes, principalmente a Internet, estão começando a provocar mudanças profundas na educação presencial e a distância. Na presencial, desenraizam o conceito de ensino-aprendizagem localizado e temporalizado. Podemos aprender desde vários lugares, ao mesmo tempo, on e off line, juntos e separados. Como nos bancos, temos nossa agência (escola) que é nosso ponto de referência; só que agora não precisamos ir até lá o tempo todo para poder aprender.
As redes também estão provocando mudanças profundas na educação a distância. Antes a EAD era uma atividade muito solitária e exigia muito auto-disciplina. Agora com as redes a EAD continua como uma atividade individual, combinada com a possibilidade de comunicação instantânea, de criar grupos de aprendizagem, integrando a aprendizagem pessoal com a grupal.
A educação presencial está incorporando tecnologias, funções, atividades que eram típicas da educação a distância, e a EAD está descobrindo que pode ensinar de forma menos individualista, mantendo um equilíbrio entre a flexibilidade e a interação.

Alguns problemas na integração das tecnologias na educação
A escola é uma instituição mais tradicional que inovadora. A cultura escolar tem resistido bravamente às mudanças. Os modelos de ensino focados no professor continuam predominando, apesar dos avanços teóricos em busca de mudanças do foco do ensino para o de aprendizagem. Tudo isto nos mostra que não será fácil mudar esta cultura escolar tradicional, que as inovações serão mais lentas, que muitas instituições reproduzirão no virtual o modelo centralizador no conteúdo e no professor do ensino presencial.
Com os processos convencionais de ensino e com a atual dispersão da atenção da vida urbana, fica muito difícil a autonomia, a organização pessoal, indispensáveis para os processos de aprendizagem à distância. O aluno desorganizado poderá deixar passar o tempo adequado para cada atividade, discussão, produção e poderá sentir dificuldade em acompanhar o ritmo de um curso. Isso atrapalhará sua motivação, sua própria aprendizagem e a do grupo, o que criará tensão ou indiferença. Alunos assim, aos poucos, poderão deixar de participar, de produzir e muitos terão dificuldade, à distância, de retomar a motivação, o entusiasmo pelo curso. No presencial, uma conversa dos colegas mais próximos ou do professor poderá ajudar a que queiram voltar a participar do curso. À distância será possível, mas não fácil.
Os alunos estão prontos para a multimídia, os professores, em geral, não. Os professores sentem cada vez mais claro o descompasso no domínio das tecnologias e, em geral, tentam segurar o máximo que podem, fazendo pequenas concessões, sem mudar o essencial. Creio que muitos professores têm medo de revelar sua dificuldade diante do aluno. Por isso e pelo hábito mantêm uma estrutura repressiva, controladora, repetidora. Os professores percebem que precisam mudar, mas não sabem bem como fazê-lo e não estão preparados para experimentar com segurança. Muitas instituições também exigem mudanças dos professores sem dar-lhes condições para que eles as efetuem. Freqüentemente algumas organizações introduzem computadores, conectam as escolas com a Internet e esperam que só isso melhore os problemas do ensino. Os administradores se frustram ao ver que tanto esforço e dinheiro empatados não se traduzem em mudanças significativas nas aulas e nas atitudes do corpo docente.
A maior parte dos cursos presenciais e on-line continua focada no conteúdo, focada na informação, no professor, no aluno individualmente e na interação com o professor/tutor. Convém que os cursos hoje – principalmente os de formação – sejam focados na construção do conhecimento e na interação; no equilíbrio entre o individual e o grupal, entre conteúdo e interação (aprendizagem cooperativa), um conteúdo em parte preparado e em parte construído ao longo do curso.
É difícil manter a motivação no presencial e muito mais no virtual, se não envolvermos os alunos em processos participativos, afetivos, que inspirem confiança. Os cursos que se limitam à transmissão de informação, de conteúdo, mesmo que estejam brilhantemente produzidos, correm o risco da desmotivação a longo prazo e, principalmente, de que a aprendizagem seja só teórica, insuficiente para dar conta da relação teoria/prática. Em sala de aula, se estivermos atentos, podemos mais facilmente obter feedback dos problemas que acontecem e procurar dialogar ou encontrar novas estratégias pedagógicas. No virtual, o aluno está mais distante, normalmente só acessível por e-mail, que é frio, não imediato, ou por um telefonema eventual, que embora seja mais direto, num curso à distância encarece o custo final.
Mesmo com tecnologias de ponta, ainda temos grandes dificuldades no gerenciamento emocional, tanto no pessoal como no organizacional, o que dificulta o aprendizado rápido. As mudanças na educação dependem, mais do que das novas tecnologias, de termos educadores, gestores e alunos maduros intelectual, emocional e eticamente; pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar; pessoas com as quais valha a pena entrar em contato, porque dele saímos enriquecidos. São poucos os educadores que integram teoria e prática e que aproximam o pensar do viver.
Os educadores marcantes atraem não só pelas suas idéias, mas pelo contato pessoal. Transmitem bondade e competência, tanto no plano pessoal, familiar como no social, dentro e fora da aula, no presencial ou no virtual. Há sempre algo surpreendente, diferente no que dizem, nas relações que estabelecem, na sua forma de olhar, na forma de comunicar-se, de agir. E eles, numa sociedade cada vez mais complexa e virtual, se tornarão referências necessárias.